Os sonhos são o cume da nossa privacidade e peça chave do nosso autoconhecimento.
São inacessíveis e, comumente, incompreensíveis mesmo quando os externamos.
Neles, a realidade curva-se ao contra-senso.
As imagens apresentam-se sem coerência ou cronologia.
E ainda assim, nos emocionamos com seus absurdos.
Talvez por serem fundamentados em nossas experiências.
Talvez por serem modelados com fragmentos palpáveis da vida.
O caso é que, se nos comunicamos conosco de forma tão excêntrica,
dificilmente, nos compreenderemos de forma ortodoxa.
É ai que entra a arte.
Que, em um processo inverso, torna tangível a anormalidade.
Dilata nossos horizontes e traduz o antagônico em cotidiano admirável.
A arte, não muda tua casa. A arte muda tua vida.